terça-feira, 14 de maio de 2013

Cabinda vai contar nos próximos dias com um laboratório para análise a qualidade de águas na região.

A infra-estrutura que está a ser erguida com o apoio da Chevron, localiza-se na aldeia do Gaio e vai poder, quando estiver em funcionamento, analisar as águas contaminadas com crudo resultante da actividade petrolífera na região. O empreendimento foi visitado esta quinta-feira [18 de Abril] por Fátima Jardim, Ministra do Ambiente, que cumpre visita de trabalho esta província .

O laboratório poderá também determinar a origem ou proveniência do crudo que as vezes tem afectado o mar de Cabinda. Em esta sua digressão por Cabinda, a Ministra do Ambiente lançou abrigada do protecção da floresta do Maiombe do âmbito da criação do condição para protecção da biodiversidade.

Francisco Santos director nacional de fiscalização do Ministério do ambiente falo do trabalho da comissão técnica transfronteiriça que integra a Republica Democrática de Congo e o Congo-Brazzaville, onde se espera que Gabão também venha a fazer parte:

“A comissão transfronteiriça para Maiombe que envolve aos dos Congos e que Gabão agora vai aderir; por tanto tenha ávido contactos nesta matéria tenha havido acções a ser desenvolvidas em esta matéria. E penso que o trabalho esta em sequência, esta a andar com alguns positivos.” Francisco Santos director nacional de fiscalização do Ministério do Ambiente.

A visita da ministra Fátima Jardim termina esta sexta-feira.


Nota do editor:

Para além de avaliar o estado das obras do laboratório de qualidade ambiental, a Ministra também teve encontro com os fiscais responsáveis pela integridade ambiental do recém-criado Parque Nacional do Maiombe.

Em 2002, a Chevron foi multada dois milhões de dólares americanos por o Ministério de Pescas e Ambiente para um derramamento de petróleo que poluiu as praias  e forçou os pescadores a parar de trabalhar. Uma investigação do governo descobriram que o derramamento foi o resultado de fugas de oleodutos mal mantidos que são utilizados para transportar petróleo bruto das plataformas. A multa foi, em parte, para compensar pescadores e em parte para financiar o estabelecimento de um laboratório de pesquisa de derramamento de petróleo. O governo provincial de Cabinda anunciou o laboratório pela primeira vez em 2007 - e progresso no laboratório foi parado desde então.

Porém só agora esta a sua fase final, pode colocar algumas questões para debate:

Que mecanismos existem para garantir resultados independentes e críveis sobre impactos de poluição de petróleo de um laboratório que é patrocinado pela mesma companhia que é responsável pelos derrames de petróleo?

Quem serão os cientistas que irão fazer a testagem da qualidade da água?

Até que ponto o envolvimento directo da Chevron na construção do laboratório que irá testar a qualidade da água não gera conflitos de interesses?
                                           Por Cristovao Luemba – Cabinda, Angola
 

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